"Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela:
Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:
Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:
Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo."
Manuel Maria Barbosa du Bocage
**Não, não estou apaixonada. E muito menos por uma donzela (risos). Somente aprecio a poesia de Bocage.
Bocage é motivo para inúmeras anedotas. É o seu lado mais jocoso que é conhecido.
ReplyDeleteMas é claro que é um poeta muito sério com poesia lindíssima.
Obrigado Leela.
Bocage sempre me lembra putaria, invariavelmente, haha. Ele e Drummond... Drummond era um taradão de marca maior. Mas de Bocage eu não conheço quase nada...
ReplyDeleteFalta de cultura é foda.
Bjão!
Pois, também não posso acrescentar muito mais. A minha cultura deixa muito a desejar. Confesso que nada li de Drummond de Andrade. Só sei que já morreu... Tristeza. Vou afogar as mágoas num mar de cerveja... :-(
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