Eu, eu mesma e a vadia

Ok, eu confesso: Não sei mais escrever.
Na adolescência, eu escrevia diários. Quando estava platonicamente apaixonada (e isso era uma constante), escrevia poemas. Hoje, parece que a fonte secou. Muita coisa "escrevível" passa pela minha cabeça. Só que não tenho saco pra colocar isso no papel ou no blog... Acho que não é que eu não saiba mais escrever. Eu não tenho é assunto. A não ser no bar... E se eu tentar aqui, de cara limpa, só vai sair reclamação. É assim que sempre foi... A vida pode ser uma vadia, mas eu gosto da sua companhia assim mesmo.
Vamos ver:

• Meu dodói passou finalmente. Minha pele tá bem melhor, obrigada. (Ah, mas esse negócio de falar de doença logo de cara é tão pobre...)
• Comecei uma dieta da minha própria cabeça que envolve meu prato, a comida e uma pequena balança: me permito algo em torno de 250g no almoço e algo em torno da metade disso no jantar.
• Mandei um e-mail pro pessoal do canal Sony, perguntando o por quê dos cortes grotescos no Saturday Night Live e da falta de legenda em algumas frases de seriados. Puta merda! Assisto aquele canal desde 1998. Talking 'bout some respect, damn it!
• Cigarro, agora, só com cerveja
• Vivo sonhando com o dia em que finalmente voltarei pra facul, pro meu Desenho Industrial querido!!!
• Quero fazer uma tattoo e não tenho grana
• Quero conhecer um gringo gente boa, casar e ter filhos (tou sem trepar há uma data. Essa p**ra virou a lista dos "queros")
• Quero que meus vizinhos se danem!
• Quero sorrir tanto que tenha cãimbras na cara (no pain, no gain! rs)
• Fiz 26 e não tenho um centavo na minha conta.
• Com tudo isso ainda sinto o maior tesão por mim mesma. Vai entender... :-D
• Meu ex não larga do meu pé. Parece encosto! Já considerei ir à macumba pra me livrar do indivíduo (hell, no!)

Chega! É hora do poeminha

Entrevista
Um homem do mundo me perguntou:
o que você pensa do sexo?
Uma das maravilhas da criação eu respondi.
Ele ficou atrapalhado, porque confunde as coisas
e esperava que eu dissesse maldição,
só porque antes lhe confiara:
o destino do homem é a santidade.A mulher que me perguntou cheia de ódio:
você raspa lá? Perguntou sorrindo,
achando que assim melhor me assassinava.
Magníficos são o cálice e a vara que ele contém,
peludo ou não.
Santo, santo, santo é o amor que vem de Deus,
não porque uso luva ou navalha.
Que pode contra ele o excremento?
Mesmo a rosa, que pode a seu favor?
Se "cobre a multidão dos pecados e é benigno,
como a morte duro, como o inferno tenaz",
descansa em teu amor, que bem estás.

Adélia Prado

*E totalmente fora do contexto, essa sou eu, devidamente "photoshopada" pra retirar as pintinhas do dodói. :-) Enjoy!